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Coordenadoras da colecção "Ciência, Tecnologia e Medicina na Construção de Portugal" em entrevista à Agência Lusa

28 junho 2021

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Flagship do CIUHCT, a colecção Ciência, Tecnologia e Medicina na Construção de Portugal, com coordenação geral de Ana Simões e Maria Paula Diogo, é uma abordagem inédita em quatro volumes, que vão do século XV até aos nossos dias.

Os quatro volumes editados, que abordam seis séculos de ciência, dão a descobrir uma história desconhecida de Portugal, num projecto que desconstrói "ideias feitas sobre a construção da identidade portuguesa".

Em entrevista à agência Lusa, publicada no jornal Público, Ana Simões e Maria Paula Diogo descrevem melhor os objectivos da colecção:

Uma das coordenadoras da colecção Ciência, Tecnologia e Medicina na Construção de Portugal, Maria Paula Diogo frisou que um dos motores que levou à criação da colecção foi iluminar “a plêiade enorme” de cientistas, engenheiros e médicos e acrescentar as suas áreas “às mais tradicionais: a económica, política, social, institucional” porque o domínio científico “não é um reduto, um gueto, é algo que faz parte do território da História”.

“Há muitas vezes esta ideia de que, tirando o período áureo das Descobertas, a partir daí foi um constante declínio, que somos um país atrasado e continuamos a ser e há aí várias batalhas. Do ponto de vista internacional, o papel dos portugueses na chamada revolução científica não é reconhecido”, aponta Ana Simões.

No seu trabalho, realizado no âmbito do Centro Interuniversitário de História das Ciência e da Tecnologia (uma colaboração entre a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Lisboa), as autoras têm percebido que “a expansão é período relevante, mas os restantes não são menos, a construção historiográfica é que dá essa sensação”, resume Maria Paula Diogo.

Na história da ciência em Portugal, há que “desmistificar ideias maniqueístas e muito redutoras”, defendeu Ana Simões, indicando o exemplo do que se passou durante o Estado Novo.“Não faz sentido pensar que o Estado Novo, por ser um regime ditatorial, não tem ciência e, portanto, adoptar acriticamente a ideia de que aquela visão mais ruralista não tinha um contraponto. Criaram-se 13 laboratórios estatais muito importantes”, refere a investigadora. Maria Paula Diogo acrescentou que ciência, tecnologia e medicina “nunca são neutras” e que “os cientistas envolvem-se em agendas políticas sem aquela benignidade que é a ideia do conhecimento universal”.

A colecção — editada pela Tinta da China e dividida nos volumes Novos Horizontes (sécs. XV a XVII), Razão e Progresso (séc. XVIII), Identidade e “Missão Civilizadora” (séc. XIX) e Inovação e Contestação (séc. XX) — vai ser apresentada a 13 de Julho na Aula Magna da Universidade de Lisboa. Mais informação em breve. 

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