Henrique Leitão (investigador do CIUHCT) vence Prémio Pessoa 2014
12 dezembro 2014
Henrique Leitão, Investigador do Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia, foi o vencedor do Prémio Pessoa 2014.
No mesmo dia em que este prémio foi anunciado, a Associação Portuguesa de Museologia (APOM) atribuiu à Exposição “360º Ciência Descoberta”, que comissariou, o prémio para a melhor exposição organizada em Portugal em 2013 e para a melhor museografia.
A atribuição do Prémio Fernando Pessoa ao Doutor Henrique Leitão, Investigador do Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia é uma enorme honra para este Centro de Investigação, para a Faculdade de Ciências e para a Universidade de Lisboa. Reveste-se de uma importância acrescida pois traz para a esfera pública a importância da história das ciências e, em particular, da história das ciências em Portugal, uma área profissional relativamente recente no nosso país, que se tem vindo a desenvolver, em grande medida, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Tendo abandonado a física para se dedicar à história das ciências, Henrique Leitão soube criar à sua volta um grupo de colaboradores exemplar no seio do Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia (Universidade de Lisboa e Universidade Nova de Lisboa). Pode-se afirmar que foi graças ao trabalho dos membros deste Centro, entre os quais se inclui Henrique Leitão, que a história das ciências em Portugal foi colocada no mapa internacional da história das ciências.
Ao contrário de muitos outros países, o investigador Henrique Leitão tem desenvolvido a sua carreira numa Faculdade de Ciências – a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa – que desde há várias décadas soube entender a relevância de associar à formação científica dos jovens a formação em história das ciências.
Henrique Leitão tem-se dedicado especialmente às ciências matemáticas em Portugal nos séculos XVI e XVII, sendo o coordenador da edição das Obras Completas de Pedro Nunes, uma edição enriquecida com inúmeros comentários críticos. Para além deste trabalho tem investigado a ciência jesuítica e, em especial, a produzida no Colégio de Santo Antão, tem dado a conhecer os manuscritos científicos existentes na Biblioteca Nacional de Portugal e, recentemente, tem-se debruçado sobre a ciência ibérica associada ao período das descobertas marítimas.
Reconhecendo a importância de revelar o passado das ciências em Portugal de uma forma desapaixonada, inovadora e respondendo a todos os critérios do rigor histórico, o investigador Henrique Leitão foi não só capaz de o fazer no seio da comunidade académica nacional e internacional como tem sido capaz de o levar ao público em geral, através de inúmeras exposições. Entre elas, recordam-se as organizadas na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e, mais recentemente, destaca-se a magnífica exposição “360º Ciência Descoberta”, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2013, galardoada pela APOM com o prémio para a melhor exposição organizada em Portugal em 2013 e para a melhor museografia.