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Defesas de Teses

José Vicente Barbosa du Bocage (1823-1907). A construção de uma persona científica

com Catarina Madruga

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Edifício C8, Sala 8.2.23

16 julho 2013 · 14h00

Tipo de prova

Mestrado em História e Filosofia das Ciências (FCUL)

Resumo

Nesta dissertação pretende dar-se a conhecer o percurso de um indivíduo, José Vicente Barbosa du Bocage (1823-1907), através da sua ligação às instituições políticas e científicas do seu tempo em Portugal e no estrangeiro. Graças ao seu trabalho como naturalista e director da Secção Zoológica do Museu Nacional de Lisboa, o seu nome ficou para sempre ligado às colecções científicas zoológicas portuguesas. Os seus maiores trabalhos científicos são em taxonomia africana, e o seu maior legado é a credibilidade e reputação internacional que o trabalho científico com colecções zoológicas africanas em Portugal ganhou na sua época.

Sugere-se a hipótese de que foram os atributos da persona de «cientista» que permitiram a Barbosa du Bocage ser respeitado socialmente como competente tanto no domínio científico, como possuindo integridade de acção e valores morais para desempenhar um cargo político de importância em alturas de grande relevância política. Através de alguns exemplos do seu desempenho científico e das suas estratégias para a consolidação da disciplina da zoologia em Portugal, revela-se um caminho para a construção do saber científico no final do século XIX português. Para além de «cientista», Barbosa du Bocage foi eleito Deputado pelo Partido Regenerador, nomeado Par do Reino, e responsável pelo Ministério dos Negócios Externos em 1883-86 e em 1890. As negociações diplomáticas que levou a cabo fortaleceram a visão partilhada acerca da administração colonial africana que ficou conhecida como Mapa Cor-de-Rosa.

O seu percurso particular revela a ciência desenvolvida sobre o continente africano e a política colonial portuguesa como campos sociais implicados um no outro. Pretende-se assim salientar a relação entre o papel de «naturalista» ou «cientista» na sociedade portuguesa do final de oitocentos com o capital simbólico e político acumulado por Bocage ao longo da sua vida pública.

Palavras-chave

José Vicente Barbosa du Bocage (1823-1907); Persona científica; República das Letras; Redes Internacionais de Correspondência Científica; Secção Zoológica do Museu Nacional de Lisboa; Escola Politécnica de Lisboa; Mapa Cor-de-Rosa; Ciência Colonial.

Constituição do Júri

  • Henrique Leitão (Presidente), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
  • Maria Paula Pires dos Santos Diogo (Arguente), Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
  • Ana Simões (Orientadora), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
  • Luís Miguel Carolino (Co-Orientador), Investigador Ciência da Secção Autónoma da História e Filosofia das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
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