A Mobilidade Automóvel em Portugal, 1920-1950
- Autoria
Maria Luísa Sousa; Prefácio de Frank Schipper
- Edição
- Lisboa: Chiado Editora
- Ano
- 2016
- Nº de Páginas
- 572
- ISBN
- 978-989-51-7404-1
sinopse
Este livro aborda a institucionalização do sistema socio-técnico que permitiu a mobilidade automóvel de 1920 a 1950, em Portugal, um país originalmente não produtor de veículos automóveis e tecnologicamente periférico, através do estudo de dois dos seus aspectos, que são complementares: a regulação da circulação dos automóveis e a adaptação das estradas aos novos veículos motorizados. É um estudo da apropriação e da construção deste sistema através das acções de utilizadores, engenheiros, legisladores, clubes automóveis, serviços de viação, ou órgãos de administração rodoviária.
Entender a emergência da automobilidade neste período inicial permite iluminar o que veio a ser o seu desenvolvimento na segunda metade do século XX, durante a qual, em Portugal, também se assistiria a uma mobilidade dominada pelo automóvel individual, que actualmente é tão problematizada.
Índice
- Prefácio, 19
- Introdução, 27
- Objecto: a mobilidade automóvel, 27
- Estado da arte, 29
- Metodologia: estratégias de abordagem ao sistema socio-técnico da automobilidade, 35
- Arquivos e fontes, 37
- Estrutura do livro, 38
- I. Regular a circulação, 49
- 1. Regulação da circulação rodoviária nacional e internacional, 59
- 1.1. Os primeiros regulamentos de circulação nacional e internacional de automóveis, 60
- 1.2. Os primeiros códigos da estrada e a revisão da convenção de circulação internacional de 1909, 64
- 2. O papel do Automóvel Club de Portugal na construção do sistema da automobilidade, 91
- 2.1. A criação dos serviços de viação, 99
- 2.2. A luta do ACP pela representação do turismo automóvel português, 104
- 3. A coordenação dos transportes terrestres como política de transportes, 131
- 3.1. O debate da coordenação dos transportes terrestres em Portugal e a evolução da sua regulação, 131
- 3.2. A distribuição de funções numa imaginada rede de transportes: a questão do longo curso, 153
- 4. Representações e práticas de circulação nas estradas, 183
- 4.1. A disciplinação das mobilidades através do ponto de vista do automobilista, 183
- 4.2. Regular a circulação durante a II Guerra Mundial: a falta de combustíveis e de pneus, 210
- 1. Regulação da circulação rodoviária nacional e internacional, 59
- II. As estradas em Portugal na era da motorização, 245
- 5. Da “arcaica estrutura” à criação do primeiro órgão autónomo de administração rodoviária, 261
- 5.1. Das estradas reais às estradas nacionais, 261
- 5.2. O estado das estradas nos anos vinte e a novidade da administração rodoviária, 272
- 6. A afirmação da Junta Autónoma de Estradas como órgão da política rodoviária, 289
- 6.1. A JAE e a Ditadura Militar, 290
- 6.2. Estradas e o discurso da obra do Estado Novo, 297
- 6.3. A imagem da estrada na era da velocidade, 317
- 6.3.1. A sinalização criada para regular o tráfego motorizado, 319
- 6.3.2. A JAE e a construção de uma imagem das estradas nacionais, 325
- 7. Em torno da construção de uma rede circulatória: os planos e as realizações da JAE nos anos trinta e quarenta, 363
- 7.1. As estradas nacionais nos anos trinta e quarenta, 364
- 7.2. Estradas municipais e os “melhoramentos rurais”, 384
- 7.3. O Plano Rodoviário de 1945 e a modernização das características técnicas das estradas, 389
- 8. Discurso ruralista – prática elitista: as estradas das Comemorações dos Centenários, 425
- 8.1. As estradas de turismo em Portugal nos anos trinta e quarenta, 436
- 8.2. A estrada marginal Lisboa-Cascais, 438
- 8.3. O lanço da auto-estrada Lisboa-Estádio Nacional, 453
- 5. Da “arcaica estrutura” à criação do primeiro órgão autónomo de administração rodoviária, 261
- Conclusão, 497
- Bibliografia e fontes, 503
- Fontes impressas e manuscritas, 503
- Bibliografia, 553