Missivas da Noosfera
- Autoria
- Edição
- Colibri
- Ano
- 2019
- Nº de Páginas
- 204
- ISBN
- 978-989-689-850-2

Sinopse
Our collective Tower of Babel is an internal one as well as an intensely interlocutory one: it is where humanity walks hand in hand with itself. It is where humanity celebrates its powers of regenerative (amorous) destruction of every supposed truth, every supposed certainty, every supposed final thought on beginnings and endings with respect to the human animal and the human community. Our collective Tower of Babel contains the quotidian prosody of utopia.
Em suma, o nó de matéria que somos talvez não seja mais do que isso mesmo. Porventura, nem sequer constitui um nó mas, antes, uma vibração vestida de carne e osso. Talvez a mente encarnada nunca supere o estádio de aprendiz do seu mundo de natureza tão-só contingente. Talvez esgotemos o nosso tempo de vida a relacionar um suposto “dentro” com um suposto “fora”. Talvez essa dupla do “fora” e do “dentro” não seja mais, afinal de contas, do que um quebra-cabeças para criaturas habitantes da famosa caverna de Platão. Que seja. Ou que não seja.
Pouco importa. Enchemos os pulmões de ar aproximadamente 22.000 vezes por dia. Respiramos – esquecidamente – na inconsciência das nossas fainas. Memorizamos e logo cumprimos o guião coercivo do nosso quotidiano.
Entretanto, o real é excessivamente real. O real é excessivamente irreal. Que seja. Ou que não seja. Pouco importa. O real é real porque é palpável. É real porque o sentimos. É real porque passamos a vida a pretender transformá-lo. É real porque alimenta todas as nossas ilusões. É real porque, afinal, a ilusão é, desde sempre, a nossa única casa real neste mundo.