Albert I do Mónaco, Afonso Chaves e a Meteorologia nos Açores
- Autoria
- Edição
- Lisboa: Sociedade Afonso Chaves, Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia
- Ano
- 2009
- Nº de Páginas
- 433
- ISBN
- 978-972-97771-5-5
Sinopse
O livro Albert I do Mónaco, Afonso Chaves e a Meteorologia nos Açores conta a história de um projecto que visava fornecer aos estudiosos da meteorologia na Europa registos dos fenómenos atmosféricos no coração do Atlântico. No final do século XIX, o projectado Serviço Meteorológico Internacional dos Açores pretendia contribuir para a uma melhoria substancial da previsão do estado do tempo na Europa. A emergência da meteorologia científica e o surgimento das suas instituições nacionais e internacionais são peças de um quadro histórico em que se manifesta, com regular insistência, a necessidade de criação de um observatório numa das ilhas ocidentais do arquipélago dos Açores.
Por outro lado, esta história passa também pela abertura insular às ciências, ao longo da segunda metade de oitocentos, motivada pelas visitas de viajantes naturalistas e pelo transporte para o arquipélago das novidades científicas por elementos das suas elites instruídas. Dá-se, assim, na ilha de S. Miguel, um feliz e frutuoso encontro entre um militar naturalista, Afonso Chaves, e um Príncipe pioneiro da oceanografia. É precisamente Albert I do Mónaco quem retoma o projecto de uma instituição meteorológica de cooperação e financiamento internacional para os Açores. Um projecto que esbarrou num contexto internacional desfavorável, mas que esteve na origem da criação do Serviço Meteorológico dos Açores, em 1901.
Índice
- 1. Meteorologia - a emergência de uma ciência global
- 1.1. Das crónicas do tempo à identidade científica da meteorologia
- Da ciência dos antigos à meteorologia naturalista
- Experiências pioneiras de estudos coordenados do tempo
- Controvérsia e construção científica do mundo atlântico
- O longo nascimento da meteorologia científica
- 1.2. Instituições pioneiras - redes. mapas. avisos e previsões
- Ciência em Portugal - a importância do factor geográfico
- Mapas e Telégrafo - as novas tecnologias da meteorologia
- Dos alertas de tempestades à previsão do tempo
- 1.3. Uma sentinela no Atlântico O primeiro projecto internacional para os Açores
- 1.1. Das crónicas do tempo à identidade científica da meteorologia
- 2. Os Açores e a Ciência no século XIX
- 2.1. S. Miguel - da tradição agrarista às práticas científicas
- O pioneirismo da Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense
- Diálogos botânicos em Coimbra
- Liceu - o fórum local das ciências
- 2.2. Oceanografia e Meteorologia
- A emergência da oceanografia
- O nascimento marítimo de um projecto meteorológico
- 2.1. S. Miguel - da tradição agrarista às práticas científicas
- 3. Indivíduos. relações pessoais e diálogos experimentais
- 3.1. Albert I e Afonso Chaves - uma sólida parceria
- Diferentes olhares sobre um museu periférico
- Primeiros passos de um novo projecto já antigo
- Reencontros reais - o mar com a meteorologia em fundo
- Uma ponte entre as margens do Atlântico
- 3.2. Os tempos e os espaços de Afonso Chaves
- Retrato possível de Afonso Chaves quando jovem
- Caminhos exploratórios de uma vocação científica
- Militar, Professor, Naturalista e Cidadão
- A viagem como espaço formativo e integrador
- 3.1. Albert I e Afonso Chaves - uma sólida parceria
- 4. A Meteorologia nos Açores
- 4.1. Centralidade e autonomia
- Reconstruir o Posto para construir o centro do futuro
- Cumplicidades externas em busca de soluções internas
- 4.2. O Serviço Meteorológico Internacional dos Açores
- Finalmente, uma sentinela (fraca) no Atlântico!
- Uma velha aliada contra o "affaire Monaco"
- Duas vias divergentes - política e operacional
- Meteorologia e telégrafo - duas armas estratégicas
- Apesar de tudo, um projecto internacional...
- 4.3. O Serviço Meteorológico dos Açores
- EUA - o primeiro acordo bilateral da Meteorologia dos Açores
- Paris. 1900 - uma viragem dramática
- 4.1. Centralidade e autonomia
- Conclusões
- Bibliografia
- Biografias