#3. Medicina Indígena em Portugal: práticas de cura popular da colônia no cânone médico português
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sala 8.02.06.
14 dezembro 2017 · 18h00
Sinopse
O sincretismo das práticas médicas adotadas durante o período colonial no Brasil foi um tema recorrentemente abordado pela historiografia tradicional. Pesquisadores como Licurgo Santos Filho, Sérgio Buarque de Holanda e Ordival de Cassiano Gomes sublinharam em suas obras tal condição, mostrando que a medicina exercida na colônia se caracterizava por aliar tradições indígenas, práticas de cura dos escravos africanos e a medicina europeia. Todavia, o sincretismo das práticas médicas não esteve apenas cerrado no espaço colonial. O que os pesquisadores alinhados à História Atlântica tem mostrado contemporaneamente é que as relações entre a Colónia e Metrópole influenciaram em ambas uma mudança profunda na forma como a medicina era então exercida. Assim, a presente comunicação tem como objetivo mostrar a existência de elementos da cura popular e indígena da América colonial inseridas no cânone da medicina portuguesa.
Sobre o orador
Wellington Silva Filho é doutorando em História das Ciências no Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa. Graduado em História pela Universidade Estadual de Maringá e Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da mesma instituição. Possui interesse em História da Medicina e Farmácia, História da História Natural, História do Império Português e História do Brasil Colônia.