A História da Malária em Portugal na transição do século XIX para o século XX e a contribuição da Escola de Medicina Tropical de Lisboa (1902-1935)
Faculdade de Ciências e Tecnologia da NOVA, Edifício IV, Sala de Actos
08 março 2013 · 14h30
Tipo de prova
Doutoramento em História, Filosofia e Património da Ciência e da Tecnologia (FCT-UNL)
Resumo
Esta dissertação tem por objectivo contribuir para um conhecimento mais detalhado da história da malária em Portugal, na perspectiva da história da ciência e da história da medicina tropical. Paratal será efectuada uma análise da emergência da medicina tropical, enquanto área científica autónoma, na transição do século XIX para o século XX, utilizando como estudo de caso, a Escola de Medicina Tropical de Lisboa, e as acções desenvolvidas sob sua égide, no âmbito do estudo e combate desta doença em Portugal e nas colónias, durante o seu período de existência (1902-1935).
Iremos analisar o percurso do combate à malária em Portugal utilizando os critérios e metodologia definidos na literatura para a história da medicina tropical europeia e para a história da malária, procurando enquadrar toda a informação disponível em vários acervos documentais, como sejam os do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, do Arquivo Histórico Ultramarino, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Biblioteca Nacional de Portugal, da Biblioteca Central e Arquivo Histórico da Marinha, da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, e Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, da Wellcome Trust Library e da British Library.
Tomando como referência a actividade das instituições congéneres europeias e as políticas de saúde adoptadas para lidar com a malária nos territórios colonizados no âmbito do imperialismo europeu dos séculos XIX e XX, a análise do caso português aponta para algumas diferenças na prioridade que esta doença assumiu na actividade da Escola de Medicina Tropical de Lisboa, particularmente na definição de políticas de saúde para o combate à doença nas colónias e na metrópole. Procurar-se-á assim compreender por que razão uma escola especializada em Medicina Tropical, internacionalmente reconhecida, não terá sido capaz de afirmar no seu programa de investigação, a malária, uma das doenças mais emblemáticas da colonização europeia do século XX.
Palavras-Chave
Malária, História da medicina tropical, Escola de Medicina Tropical de Lisboa, Portugal, Colónias, Século XX
Júri
- Doutor António Manuel Nunes dos Santos (Presidente) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
- Doutora Amélia Assunção Beira Ricon-Ferraz (Arguente) - Faculdade de Medicina, Universidade do Porto
- Doutor João Rui Couto da Costa Pita (Arguente) - Faculdade de Farmácia, Universidade de Coimbra
- Doutor António Paulo Gouveia de Almeida - Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa
- Doutora Maria Paula Pires dos Santos Diogo - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
- Doutora Isabel Maria da Silva Pereira Amaral (Orientadora)- Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa