A cidade como espaço de utopia, desenvolvimento e sustentabilidade
Sala Ágora da Biblioteca da FCT-NOVA
14 novembro até 22 novembro 2016
Exposição realizada no âmbito do International Year of Global Understanding. Comissária: Maria Paula Diogo
Descrição
A cidade foi sempre um espaço de experiências, de contactos e de negociação entre a tradição e o novo, entre os seus habitantes e a sua envolvência. Desde a seminal urbe suméria de Quish às megacidades do século XXI, olhar as cidades permite aceder ao ésprit du temps, às aspirações e preocupações de um determinado tempo num dado espaço. Esta exposição centra-se em Lisboa e Almada, pensadas como um território comum, partilhando, primeiro, o rio, e, depois, a ponte. Desenhámos, neste sentido, 4 núcleos. O primeiro núcleo – Lisboa e Almada: a corte, a natureza e a indústria – invoca o período até ao final do século XIX, em que Lisboa, cidade da corte, olha para Almada como, até ao último quartel, uma zona de lazer, com passeios, burricadas e piqueniques, metamorfoseando-se, nos últimos 25 anos, numa zona proto-industrial.
No segundo núcleo – Utopias de Lisboa e Almada: unir as margens do Tejo – apresentam-se três visões utópicas sobre a ligação de Lisboa a Almada e a transformação de ambas as margens em função destas “pontes”, particularmente as pontes de duplo tabuleiro do engenheiro Miguel Pais (1879) e do médico e jornalista Fialho de Almeida (1906) e o túnel do engenheiro Melo de Matos (1906).
O terceiro núcleo – A ponte sobre o Tejo e a Almada industrial – centra-se em torno da ponte 25 de Abril e da profunda alteração que a sua construção introduz na margem sul do Tejo, em termos económicos, demográficos, políticos e, também, mais recentemente, na área do conhecimento e da inovação.
Finalmente, no quarto núcleo – Utopias para o século XXI –, em transparente, projecta-se a imagem para a Almada no futuro, voltando-se, pois, ao imaginário, ao que pode vir a ser, às novas utopias de como viver a cidade. É, pois, uma exposição conduzida num movimento circular, num vai-e-vem sobre o rio e as suas duas margens, que se espraia por dois séculos e desvenda uma longa relação de cumplicidade na vivência de um território partilhado.
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