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Conferências CIUHCT

#22. As conexões entre o Brasil e Portugal na origem da criação do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

com Ewerton Luiz Silva (Universidade de São Paulo)

Faculdade de Ciências e Tecnologia/NOVA, Ed. VIII, Sala 4.8

21 novembro 2019 · 13h00

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Sinopse

Em Janeiro de 1959, por iniciativa de alguns professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), foi inaugurado o Instituto de Medicina Tropical (IMT) como um centro de pesquisa e ensino voltado para aquela especialidade médica. Seu primeiro diretor, Carlos da Silva Lacaz – docente de Microbiologia e Imunologia da Faculdade – reconheceu que a inspiração para criar, na capital paulista, um instituto de medicina tropical nasceu durante sua estadia em Portugal a fim de participar do VI Congresso Internacional de Medicina Tropical e Paludismo (1958), sediado no recém-fundado edifício do Instituto de Medicina Tropical de Lisboa. Pretendo defender, ao longo de minha apresentação, que a participação de médicos brasileiros – entre eles Carlos Lacaz e Emmanuel Dias – naquele congresso, foi consequência, para além do reconhecimento internacional da medicina brasileira, de um processo de aproximação científica entre médicos tropicalistas dos dois lados do Atlântico, reforçado a partir de 1944. Naquele ano, João Fraga de Azevedo – diretor do Instituto de Medicina Tropical de Lisboa – e Augusto Salazar Leite – docente da cadeira de Dermatologia e Micologia Tropicais – protagonizaram a primeira missão médica oficial portuguesa de estudos ao Brasil. Os professores lusitanos permaneceram em terras brasileiras por 38 dias e estagiaram nos principais centros científicos do país como o Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto Butantan, em São Paulo. Na altura, foi proposta a intensificação do intercâmbio científico mediante a criação de um Instituto Brasil-Portugal e a realização de congressos médicos entre os dois países. Ao longo da década de 1950, diversos congressos promoveram espaços para uma maior cooperação científica entre brasileiros e portugueses, como: o V Congresso de Microbiologia (Rio de Janeiro, 1950), o I Congresso Nacional de Medicina Tropical (Lisboa, 1952), as Jornadas Médicas luso-brasileiras (Rio de Janeiro e São Paulo, 1952 e Lisboa e Coimbra, 1956) e o Congresso Internacional sobre a doença de Chagas (Rio de Janeiro, 1959). Desta forma, pretendo expor como estas conexões foram importantes para alimentar uma movimentação em São Paulo com o intuito de erigir um instituto voltado para o estudo de moléstias tropicais que também acometiam o estado e sua população.

Sobre o orador

Historiador diplomado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Mestre em História pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), autor do livro “Do sonho à loucura: hospitais psiquiátricos e imigração portuguesa em São Paulo (1929-1939)”, Doutorando pelo Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e bolseiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).  

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